quarta-feira, 12 de setembro de 2012

ALMANAQUE O BANDARRA


Entre 1988 e 2003 (com o interregno de 1991) publiquei, com o apoio do Município de Trancoso, 15 volumes de  " O Bandarra - Almanaque Anuário de Trancoso", publicação que, embora de cariz regionalista, se podia considerar de âmbito nacional no que se referia aos temas e aos assuntos etnográficos aí registados. Publicaram-se poesias, contos, ensaios, investigações históricas, demográficas e etnográficas, banda desenhada, culinária, figuras típicas, biografias e informações atinentes ao meio a que se destinava.
Hoje trago aqui o volume 14º, de 2002, cuja capa, quadripartida nas imagens, refere quatro acontecimentos marcantes de Trancoso - as bodas de ouro do Colégio; a lenda da mulher que matou os franceses; a Festa da História e as bodas de D. Dinis com Isabel de Aragão.
Impresso em papel couché-mate e interior a cores, este volume tem o formato de 23,5 cm x 16,5 cm e possui 224 páginas, com cadernos cozidos à linha.
Ao todo, foram publicados 15 volumes, cessando quando eu achei que devia cessar. As primeiras edições encontram-se esgotadas.
Deste volume de 2002, destaco, entre outros artigos: o dicionário de termos, expressões e vernáculos populares; uma BD a cores sobre a Mofina Mendes de Gil Vicente e outra, também a cores, sobre a mulher que matou os franceses; o hospital do séc. XIX; as bodas de D. Dinis; Trancoso revolucionário no séc. XIX; a história da fundação do Colégio; A Batalha de Trancoso; uma BD a p/b sobre a caça aos lobos, adaptada de uma obra de Aquilino, uma outra sobre o Regicídio, também a p/b e ainda uma outra sobre uma adaptação de D. Quixote (pormenor de "Os Leões"); o Convento de Santa Clara; a Feira de S. Bartolomeu; as Profecias do Bandarra.
Neste número, para além de mim (autor e organizador), houve 14 colaboradores.
Se me der na veneta, proporei outros números destas edições.

6 comentários:

  1. LOL
    A minha mulher é que gosta muito de dicionários de termos, expressões e vernáculos populares. Ela é de Mirandela e de vez em quando eu tenho de pedir tradução!
    ahahhahaha

    Bolas, essa revista ainda tinha muitas páginas! A Câmara de Trancoso fez mal se deixou de apoiar essa revista. Acho que todas as Câmaras deveriam ter uma revista do género para os seus munícipes, talvez com menos páginas, mas deveria existir!
    É cultura local, e toda a gente deveria conhecer bem o sítio onde vive, o seu passado, as suas tradições, o seu linguajar próprio, o seu presente e o que se espera para o futuro... infelizmente não acontece.
    :(

    Abraço

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    1. Nuno
      Como já te prometi no teu blogue, vou enviar-te um dos volumes desta colecção, possivelmente um dos que tenham o tal vernáculo e linguajar mais antigo, genuíno e rural. E, para além do mais, com BD lá dentro.
      A Câmara de Trancoso não deixou de apoiar esta publicação, que era propsta por mim e editada por unanimidade dos seus membros e especialmente do seu presidente (que foi ao lançamento do meu livro, na Buchholz); eu é que a suspendi, porque entendi que havia défict de colaboradores com coisas novas e dava-me muito trabalho.
      No entanto, sei que dos números esgotados foram tiradas cópias, pois os alunos do ensino secundário socorrem-se dos assuntos ali tratados.

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  2. Fernando,
    Quanto a novas edições do Almanaque, só tu podes avaliar o tempo disponível e os meios que tens para poder levar a cabo essa tarefa. Eu estou mais virado para tudo o que seja edições online, mas não quero influenciar a tua opção. Conheces melhor do que eu as necessidades de leitura das gentes de uma vila do interior. E já lembraste o interesse que os alunos têm no Almanaque. Eu tenho as edições de 1992/1993/1995 e 2003. São uma preciosidade, para mim, não só por terem sido oferecidos por ti, mas porque neles encontrei a história, as tradições, os usos e costumes da minha aldeia, coisas de que já estava arredado há muitos anos e que muito me tocaram. A edição de 2003 mostra um grafismos e conteúdos muito mais ricos e apurados do que as edições anteriores.
    Um áparte: esta tarde estive na Bertrand (Chiado) e lá encontrei o teu livro de BD, "Os Piratas do Deserto" junto a uma pilha de outros, entre eles o Tin-Tin, o Superman e o Asterix. Havia só 3 volumes.
    Um abraço.

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  3. Evaristo
    Apesar de ser difícil arranjardois dos volumes que te faltam, os restantes terei muito gosto em tos oferecer. Os livros devem ser para quem os lê.
    Relativamnente aos "Piratas", o facto de haver só 3 volumes pode quer dizer... que receberam 3 volumes e estão à espera de vender algum!
    Imaginação minha...
    Um abraço

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  4. Fernando,
    Obrigado pela oferta, mas deixa andar, até um dia que eu passe por aí.
    Um abraço.

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